segunda-feira, 27 de julho de 2009

Fórum de Maceió - o custo das ruínas


Muito bem dito por Ricardo Motta, em seu blog no site tudo na hora. http://www.tudonahora.com.br/conteudo.php?id=15
Documentos em mãos do advogado Richard Manso, presidente da Associação dos Servidores da Justiça, mostram que o Fórum de Maceió é um imenso “buraco negro” do dinheiro público:
- O contrato inicial, para a sua construção, assinado em 2 de setembro de 1997, previa um custo total para a obra de R$ 5.478.179,90;
-Seis meses depois, um aditivo ao contrato original fez crescer em quase R$ 2 milhões o custo final do Fórum - que passou, em 31 de março de 1998, para R$ 7.234.366, 60;
-O acréscimo foi justificado para a realização de “reforço estrutural”. Ou seja: já ali se detectava o que depois se transformou no maior problema apresentado pelo prédio.
-A fiscalização da obra, é importante registrar, ficou a cargo do Serveal, empresa pública vinculado ao Executivo, e à uma empresa privada – a Traço.
O Fórum de Maceió, pelos riscos que apresenta e pelo péssimo aspecto do prédio, está fechado desde agosto do ano passado. As obras que estão sendo realizadas a um custo inicial de R$ 1.317.394,35 já receberam um aditivo: mais R$ 652.946,97.
Entre tantas irregularidades, a perícia técnica aponta o uso de material de péssima qualidade na obra. O que vai gerando novos custos na reforma em curso.
O Funjuris, hoje, é importante ressaltar, está realizando o trabalho de recuperação do Fórum de maneira transparente, com o acompanhamento de várias instâncias do Judiciário e de entidades de servidores.
Se comparado ao preço original, ao preço original, o custo da obra quase que dobrou – ainda podem aparecer novos e velhos problemas.
De posse dos documentos, o advogado Richard Manso está dando entrada em uma Ação Popular, na próxima semana, cobrando do consórcio Uchôa – Sauer, responsável pela construção do Fórum de Maceió, uma indenização de mais de R$ 39 milhões – computando prejuízos, riscos de acidentes, etc. É um cálculo complicado, mas que foi elaborado a partir de dados técnicos.
As tentativas de acordo entre o Funjuris, com a participação da PGE, e o consórcio deram em nada. Agora, a confusão vai parar, definitivamente, na Justiça.

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